quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Heredograma


Os heredogramas são gráficos utilizados em Genética para expor a genealogia ou pedigree de um indivíduo ou de uma família. Através de símbolos e sinais convencionais são caracterizados todos os integrantes da linhagem sobre a qual se questiona alguma coisa.
Os sinais mais corretamente usados nos problemas com heredogramas são:
·         Indivíduos do sexo masculino são representados por um quadrado;
·         Indivíduos do sexo feminino são representados por um círculo;
·         Casamento indicando procriação é simbolizado por um traço horizontal que une os dois membros do casal;
·         Filhos do mesmo casamento são representados por traços verticais unidos ao traço horizontal do casal;
·         Indivíduos de sexo indefinido são representados por um losango;
·         Indivíduos afetados por alguma anomalia são representados pelo símbolo que caracteriza seu sexo, preenchidos;
·         No caso de acasalamento consanguíneo, os membros do casal são unidos por dois traços horizontais;
A montagem de um heredograma deve ser de acordo com algumas regras:
O homem deve vir à esquerda do casal e a mulher à direita sempre que possível;
Os filhos devem ser colocados da direita para a esquerda, em ordem de nascimento;
Cada geração seguinte é indicada por algarismos romanos (I, II, III, e assim por diante). Dentro de cada geração, os indivíduos são indicados por algarismos arábicos, sempre da esquerda para a direita.

Heredograma


Os heredogramas são gráficos utilizados em Genética para expor a genealogia ou pedigree de um indivíduo ou de uma família. Através de símbolos e sinais convencionais são caracterizados todos os integrantes da linhagem sobre a qual se questiona alguma coisa.
Os sinais mais corretamente usados nos problemas com heredogramas são:
·         Indivíduos do sexo masculino são representados por um quadrado;
·         Indivíduos do sexo feminino são representados por um círculo;
·         Casamento indicando procriação é simbolizado por um traço horizontal que une os dois membros do casal;
·         Filhos do mesmo casamento são representados por traços verticais unidos ao traço horizontal do casal;
·         Indivíduos de sexo indefinido são representados por um losango;
·         Indivíduos afetados por alguma anomalia são representados pelo símbolo que caracteriza seu sexo, preenchidos;
·         No caso de acasalamento consanguíneo, os membros do casal são unidos por dois traços horizontais;
A montagem de um heredograma deve ser de acordo com algumas regras:
O homem deve vir à esquerda do casal e a mulher à direita sempre que possível;
Os filhos devem ser colocados da direita para a esquerda, em ordem de nascimento;
Cada geração seguinte é indicada por algarismos romanos (I, II, III, e assim por diante). Dentro de cada geração, os indivíduos são indicados por algarismos arábicos, sempre da esquerda para a direita.




Exemplo de Heredograma

Na interpretação de um heredograma, a primeira informação que se procurar saber é se o caráter em questão é condicionado por um gene dominante ou recessivo. Deste modo, deve ser procurado no heredograma casais fenotipicamente idênticos e que tiverem um ou mais filhos diferente deles. Caso a característica não tenha se manifestado em nenhum dos membros do casal e manifestou-se no filho, significa que esta característica só pode ser determinada por um gene recessivo. Depois que identificado o gene dominante e o gene recessivo, deve ser identificado o homozigoto recessivo, pois todos eles manifestam o caráter recessivo. Em seguida, identifica-se os genótipos dos outros indivíduos, sendo importante saber de dois pontos:
Em um par de genes alelos, um provém do pai e o outro da mãe. Caso o indivíduo seja homozigoto recessivo, ele recebeu um gene recessivo de cada ancestral;
Caso o indivíduo seja homozigoto recessivo, ele passa este gene para todos os seus descendentes.

Fontes:
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1214
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heredograma
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel5.php
Exemplo de Heredograma

Na interpretação de um heredograma, a primeira informação que se procurar saber é se o caráter em questão é condicionado por um gene dominante ou recessivo. Deste modo, deve ser procurado no heredograma casais fenotipicamente idênticos e que tiverem um ou mais filhos diferente deles. Caso a característica não tenha se manifestado em nenhum dos membros do casal e manifestou-se no filho, significa que esta característica só pode ser determinada por um gene recessivo. Depois que identificado o gene dominante e o gene recessivo, deve ser identificado o homozigoto recessivo, pois todos eles manifestam o caráter recessivo. Em seguida, identifica-se os genótipos dos outros indivíduos, sendo importante saber de dois pontos:
Em um par de genes alelos, um provém do pai e o outro da mãe. Caso o indivíduo seja homozigoto recessivo, ele recebeu um gene recessivo de cada ancestral;
Caso o indivíduo seja homozigoto recessivo, ele passa este gene para todos os seus descendentes.


Fontes:
http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=1214
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heredograma
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel5.php

terça-feira, 27 de março de 2012

SISTEMA DIGESTÓRIO

SISTEMA DIGESTÓRIO
RESUMO

O aparelho digestivo ou digestório ou ainda sistema digestório é o sistema que, nos humanos, é responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, como crescimento, energia para reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão. Sistema Digestório é constituído pelo tubo digestivo e suas glândulas anexas, sua função é retirar os nutrientes indispensáveis dos alimentos ingeridos, para o desenvolvimento e manutenção do organismo.
Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
A boca é a abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo, onde o alimento é preparado para a digestão, por meio da mastigação proporcionada pelos dentes e a língua.
A faringe é o canal por onde passa o alimento que se dirige ao esôfago.
O esôfago situa-se entre os pulmões, atrás do coração, é o canal que une a faringe ao estômago, onde o bolo alimentar é empurrado até o estômago, através de contrações musculares.
O estômago é um órgão, em formato de bolsa e dividido em três partes: a cárdia, o corpo (fundo) e o antro. No estômago o alimento é misturado com o suco gástrico que é uma solução rica em ácido clorídrico e enzimas (pepsina e renina).
No intestino delgado a quebra das moléculas alimentares se torna completa e são absorvidas no sistema digestivo para o circulatório e enviadas às células.
As fezes são formadas no intestino grosso, sua mais importante função é reabsorver água, o que determina a consistência do bolo fecal. É dividido em quatro partes: ceco, cólon e o reto e mede cerca de 1,5 cm de comprimento.
O ânus controla a saída das fezes.
O pâncreas que faz parte das glândulas anexas possui 15 cm de comprimento, fabrica enzimas digestivas e secreta os hormônios insulina e glucagon. O pâncreas é o responsável pelo controle dos açucares no organismo.
O fígado é também outra glândula anexa. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas e produz carboidratos a partir de lipídeos ou proteínas e sintetiza o colesterol.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Por que soluçamos?

Por que soluçamos?

Trata-se de uma contração involuntária do diafragma - músculo que separa o tórax do abdome, localizado logo abaixo do pulmão. Esse músculo, responsável pelo controle da respiração, é acionado pelo chamado nervo frênico, também relacionado com o soluço. A contração costuma ocorrer várias vezes seguidas, separadas por um curto intervalo de tempo (às vezes, menos de
um segundo) e pode se prolongar por vários dias. Elas são seguidas de um fechamento repentino da glote (espécie de tampa da laringe) que corta subitamente a passagem de ar da boca para os pulmões e faz vibrar as cordas vocais, provocando o som característico do soluço. Sua principal causa é a irritação do nervo frênico - mas, na maioria das vezes, não é possível identificar o que causou essa irritação. “Sabemos que mudanças abruptas de temperatura desencadeiam soluços”.

“Outra causa pode ser uma irritação do esôfago (a entrada do estômago)”, afirma o clínico geral do Hospital das Clínicas de São Paulo, Arnaldo Lichtenstein. Uma das principais causas dessa irritação é um refluxo de ácido estomacal, que ocorre, por exemplo, numa hérnia de hiato (orifício de passagem, no esôfago, entre o tórax e o estômago). Nesse caso, o ângulo fechado que serviria de impedimento para o refluxo se desfaz e o ácido acaba atacando o esôfago. A irritação, por sua vez, faz o nervo frênico disparar a contração do soluço. Não é lenda que um bom susto pode curar um
ataque de soluços, pois faz o organismo liberar adrenalina, que ativa o nervo frênico, fazendo-o interromper as contrações. Mas um copo de água gelada, que tem o mesmo efeito, também pode ajudar.

Reflexo incontrolável.

Irritações são a principal causa do soluço - que, uma vez disparado, pode durar horas e
até dias.

1. A irritação do esôfago (na boca do estômago) é uma das causas mais comuns do soluço.

2. O reflexo é disparado pelo nervo frênico, que aciona a contração do diafragma (plexo solar). A contração se repete seguidas vezes - podendo durar até mais que um dia.

3. Com a contração do diafragma, a laringe (na garganta) se fecha, prendendo o ar. Esse segundo reflexo faz as cordas vocais vibrarem, causando o ruído típico do soluço.


Revista Mundo Estranho

CIENCIA EM REVISTA

Carlos Chagas

Há cem anos, o médico Carlos Chagas entrou para a história ao fazer três incríveis
descobertas.


Notícias - 09-08-2010


1907. Um jovem médico chega à pequena cidade mineira de Lassance. Seu nome: Carlos Chagas. Sua missão: combater a malária, doença que está impedindo operários de construírem uma estrada de ferro na região. Ele nem imagina, mas, nesse lugar, fará três descobertas
importantes: descreverá uma nova doença, a forma como ela é transmitida e, para completar, o parasita que a causa.
Essa breve historinha diz respeito à doença de Chagas, uma moléstia que afeta órgãos como o coração. Descoberta pelo médico brasileiro em abril de 1909, ela é causada por um protozoário, que é transmitido pelas fezes de um inseto chamado barbeiro, quando ele suga o sangue das pessoas. Até a chegada de Carlos Chagas a Minas Gerais, ninguém sabia que esse protozoário existia e nem que ele era transmitido dessa forma. Palmas, então, para o jovem doutor Chagas, que descobriu tudo isso sozinho!
“A importância de Carlos Chagas é fantástica”, conta o médico José Rodrigues Coura, da Fundação Oswaldo Cruz. “Até hoje, ninguém descreveu isoladamente uma doença completa como ele fez.”




Carlos Chagas
(imagens cedidas por José Coura).



Em um vagão de trem

Mas como é que Carlos Chagas conseguiu fazer as suas três descobertas? Tudocomeçou quando um engenheiro que trabalhava na construção da ferrovia chamou a sua atenção para um inseto que chupava o sangue das pessoas à noite e, por isso, era chamado de chupão ou barbeiro. Carlos Chagas revolveu examiná-lo em seu laboratório improvisado, que funcionava em um vagão de trem. Descobriu, então, que ele carregava um parasita: um protozoário, que era eliminado em suas fezes.

O médico ficou com a pulga (ou seria com o barbeiro?!) atrás da orelha: se o inseto tinha um parasita, era possível que o transmitisse a outros animais. Para confirmar essa hipótese, enviou
alguns barbeiros para um importante médico do Rio de Janeiro: Oswaldo Cruz. Chagas pediu que o colega colocasse os barbeiros em contato com os saguis que havia em seu laboratório. Após 21 dias, o resultado: os macacos apresentaram o protozoário no sangue, já que, nesse período, acabaram sendo picados pelo inseto e tido contato com as suas fezes. Estava comprovado: o barbeiro era capaz de transmitir o parasita que carregava!





O inseto conhecido como barbeiro.


O Trypanossoma cruzi em meio a células do sangue (foto: Centers for Disease Control and Prevention).

Uma nova espécie

Diante dessa novidade, o médico deixou a cidade mineira de Lassance e voltou ao Rio de Janeiro para acompanhar as pesquisas. Percebeu que o protozoário pertencia a uma nova espécie e a chamou de Trypanossoma cruzi, em homenagem Oswaldo Cruz. Além disso, injetou o parasita do barbeiro em outros animais, como cães e camundongos, e viu que eles também ficaram infectados.

Restava saber se o protozoário causava algum dano a esses bichos. Carlos Chagas acreditava que sim. E, mais uma vez, comprovou sua hipótese. Descobriu que o Trypanossoma cruzi invadia vários órgãos dos animais e causava uma série de danos, principalmente no coração. Chamou, então, a doença de tripanossomíase americana, mas ela acabou ficando mais conhecida como
doença de Chagas. Faltava descobrir se os seres humanos também sofriam dessa misteriosa moléstia transmitida pelo barbeiro. Carlos Chagas, então, decidiu: iria voltar a Lassance e procurar um habitante da pequena cidade que estivesse infectado pelo parasita.

Revista Ciência Hoje das Crianças.

Pirâmide Alimentar

Pirâmide Alimentar

Guia para a alimentação saudável


A orientação sobre como deve ser uma alimentação saudável e equilibrada, que
envolve quantidade e tipos de alimentos muitas vezes se torna difícil e
impraticável para a maioria das pessoas.
Por causa disso, estudos, principalmente norte-americanos, foram desenvolvidos
para encontrar a melhor maneira de informar a população sobre como deve ser
composta a sua alimentação.
A distribuição dos alimentos na pirâmide alimentar foi adotada pelo
Departamento de Agricultura do Estados Unidos (USDA) em 1992, depois de se
verificar que esse tipo de apresentação é a de mais fácil compreensão e
aceitação.
As principais metas da pirâmide alimentar são obter o
consumo variado de alimentos, ingestão menor de gorduras saturadas e
colesterol, maior consumo de frutas, verduras, legumes e grãos além, da
ingestão moderada de açúcar, sal e bebidas alcoólicas. A prática de exercícios
físicos é recomendada visando a perda ou manutenção do peso adequado como
também, a prevenção de doenças entre elas, as cardiovasculares, diabete,
hipertensão e osteoporose. A adoção da pirâmide alimentar se propõe a mostrar
de forma clara e objetiva como alcançar as necessidades de calorias e
nutrientes da população utilizando seus alimentos habituais, tornando-a, assim,
prática e flexível.
Entretanto, a recomendação de nutrientes pode variar entre as populações e, por
isso, houve a necessidade de ela ser adaptada para a população brasileira
visando, principalmente, atingir as recomendações dos macronutrientes que são
50 a 60% do valor de calorias totais ingeridas em um dia (VCT) de carboidratos,
10 a 15% do VCT de proteínas e 20 a 30% do VCT em gorduras.
Para que esses valores fossem alcançados, os alimentos foram divididos em 8
grupos e, cada grupo, em porções de alimentos, sendo distribuídos em 4 níveis
na pirâmide alimentar.

Cada grupo de alimentos fornece alguns nutrientes, mas não todos os que o
organismo necessita; nenhum grupo é mais importante do que o outro. Para o bom
funcionamento do corpo é necessário que os alimentos de todos os grupos façam
parte do seu plano alimentar.
A quantidade de porções de cada grupo recomendada para um índivíduo depende da
sua necessidade de energia que está relacionada com a idade, peso, estatura e
atividade física. A partir dos valores de cada porção, você poderá montar o seu
plano alimentar.
Abaixo você vai encontrar quais são os principais alimentos de cada grupo e as
quantidades equivalentes das porções recomendadas:
· Grupo dos Açúcares:
1 a 2 porções
1 porção equivale a 110 Kcal


· Grupos de carne
bovina, suína, peixe, frango e ovos
1 a 2 porções
1 porção equivale a 190 Kcal


· Grupo das
Hortaliças
4 a 5 porções
1 porção equivale a 15 Kcal


· Grupo do Leite e
Produtos Lácteos
3 porções
1 porção equivale a 120 Kcal


· Grupo de Óleos e
Gorduras
1 a 2 porções
1 porção equivale a 73 Kcal


· Grupo dos Pães,
Cereais, Raízes e Tubérculos
5 a 9 porções
1 porção equivale a 150 Kcal

Bibliografia:
Phillipi ST, Laterza AR, Cruz ATR, Ribeiro LC. Pirâmide Alimentar Adaptada: Guia para Escolha dos Alimentos. Rev.
Nutr., Campinas, 12(1): 65-80, jan./abr., 1999.
Por:
Roberta Stella
Nutricionista formada pela Universidade de São Paulo (USP)

terça-feira, 20 de março de 2012

CIENCIA EM REVISTA


Revista CHC Edição 226

Por que é importante estudar os fósseis?

Veja como um pesquisador francês abriu os olhos da ciência para este tema.

Por: Henrique Caldeira Costa, Museu de Zoologia João Moojen, Universidade Federal de Viçosa.

Publicado em 24/08/2011 Atualizado em 24/08/2011


Eles são os restos de animais e vegetais que, por diversas razões, ficaram conservados em rochas por milhares, ou, até mesmo, milhões de anos. Sim, estamos falando dos fósseis. Sempre ouvimos dizer que eles podem nos fornecer informações valiosas sobre o passado da Terra e sobre formas de vida já extintas, o que é verdade. Mas quem será que teve a idéia de estudar fósseis? Embora o filósofo grego Aristóteles e o artista italiano Leonardo da Vinci tenham identificado os fósseis como restos de animais e plantas, foi um francês chamado Jean Léopold Nicolas Frédéric Cuvier o primeiro a provar que os fósseis guardam muitas informações.

Cuvier nasceu em 1769 e desde pequeno era apaixonado pela ciência ligada ao conhecimento da natureza, a História Natural. Gostava especialmente dos fósseis, que eram pouco estudados e ninguém sabia direito de onde vinham. Pensava-se que eram apenas ossos de animais conhecidos, como leões, elefantes e girafas, ou de animais desconhecidos que ainda poderiam viver em regiões inexploradas. Mas Cuvier suspeitava de que alguns ossos tão esquisitos não deviam ser de qualquer bicho que ainda pudesse ser encontrado vivo.

Com sua curiosidade de pesquisador, Cuvier partiu para a investigação. Ele pegou ossos de elefantes que ainda vivem na África e no sul da Ásia, e outros ossos encontrados em regiões onde ninguém nunca tinha visto um elefante vivo na natureza, como na Europa. Comparou os ossos uns aos outros com extrema minúcia e fez algumas descobertas impressionantes. Primeiro, ele percebeu que o elefante africano e o asiático, que todo mundo pensava serem iguais, eram, na verdade, espécies diferentes. Depois concluiu que os fósseis encontrados em locais onde não há elefantes hoje em dia, como na Europa, pertenciam, com certeza, a um terceiro tipo de elefante diferente e desconhecido.

Cuvier chamou o novo elefante de mamute e afirmou que ele estava extinto, porque era um animal muito grande, e seria impossível que ainda vivesse em algum sem ser visto por alguém. O cientista francês acreditava que, periodicamente, nosso planeta passava por eventos naturais que causavam a extinção de espécies. Em um desses eventos, segundo ele, os mamutes teriam desaparecido.

O trabalho desse francês abriu os olhos dos cientistas para a grande importância de se pesquisar os fósseis: eles permitem o estudo de espécies que não habitam mais a Terra, ou seja, espécies extintas. Não é à toa que hoje Cuvier é considerado o pai da Paleontologia, ciência que estuda o passado da Terra, e que tem os fósseis como principal ferramenta!




sábado, 17 de março de 2012

Vírus


Vírus

Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual.

Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.

Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.

Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderencia na célula hospedeira.

Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bacteria e archaea).

Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.

O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.

São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.

Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus.

Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.

Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a célula "engole" o vírus e o introduz no seu interior.



Vírus, seres vivos ou não?

Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética. Eles obviamente se reproduzem, mas diferentemente de células, que crescem, duplicam seu conteúdo para então dividir-se em duas células filhas, os vírus replicam-se através de uma estratégia completamente diferente: eles invadem células, o que causa a dissociação dos componentes da partícula viral; esses componentes então interagem com o aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o metabolismo celular para a produção de mais vírus.

Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate e primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida. Aqueles que defendem a ideia que os vírus não são vivos argumentam que organismos vivos devem possuir características como a habilidade de importar nutrientes e energia do ambiente, devem ter metabolismo (um conjunto de reações químicas altamente inter-relacionadas através das quais os seres vivos constroem e mantêm seus corpos, crescem e performam inúmeras outras tarefas, como locomoção, reprodução, etc.); organismos vivos também fazem parte de uma linhagem contínua, sendo necessariamente originados de seres semelhantes e, através da reprodução, gerar outros seres semelhantes (descendência ou prole), etc.

Os vírus preenchem alguns desses critérios: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo. Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser considerados "partículas infecciosas", ao invés de seres vivos propriamente ditos. Muitos, porém, não concordam com essa perspectiva, e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aíi todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos. Outros ainda levam em consideração a presença massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem - aparentemente tão antiga como a própria vida - sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc. Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão. Definir vida tem sido sempre um grande problema, e já que qualquer definição provavelmente será evasiva ou arbitrária, dificultando assim uma definição exata a respeito dos vírus.